FAMÍLIA CORREIA (PINTO) DA PENAJÓIA |
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Escrever um
livro sobre a genealogia de uma família requer muito trabalho de investigação,
muita perseverança sem desânimos e muita força de vontade.
Os momentos de
alegria, ao conhecer factos e acontecimentos passados no seio da família,
compensam, de longe, o esmorecimento que nos assalta, quando surgem as
dificuldades.
Por outro lado,
um trabalho desta envergadura requer ser feito com muito amor. E, também, com
alguma disponibilidade financeira. Porque os
arquivos de família estão dispersos ou perderam-se inteiramente, há que
registar tudo aquilo de que temos conhecimento ou nos foi transmitido por
familiares, já falecidos, em suma, há que transmitir a toda a família o que
interessa ou pode interessar.
Cresci vendo o
retrato do meu tio-bisavô José Correia Pinto (Leão de Carvalho), o tio
“Sombrio” como era apelidado familiarmente, pendurado na parede em casa dos
meus tios na Quinta do Lodoeiro, na Penajóia. De muito novo me
diziam que aquele tio era o ricaço da família que deixou toda a sua fortuna à
Santa Casa da Misericórdia do Porto, onde “até tinha um retrato de benfeitor
na parede”! Meus tios e meu
pai contavam imensas histórias da vida deste familiar. Sempre tive
curiosidade em traçar o seu perfil, saber em pormenor a sua história e quais
os motivos que o levaram a deserdar o meu avô e tudo deixar à Misericórdia.
Um dia, passando
pela Rua das Flores, entrei na Santa Casa e perguntei se poderia ter acesso ao
tal retrato e aos documentos do seu donativo. O que vi deixou-me
maravilhado e será objecto de um capítulo próprio. Este facto e a
consulta de vários documentos antigos que encontrei em casa, deixados por meu
pai, o encontro de acontecimentos entre as duas acções, entusiasmaram-me tanto
que decidi deitar mãos à obra e fazer a árvore genealógica da família e
consequente livro de recordações.
Até onde chegou
o conhecimento dos factos e as provas encontradas na ascendência dos Correias e
outros ramos relacionados, posso garantir a exactidão das árvores genealógicas,
com fotocópias e transcrições de registos e documentos. O que poderá
acontecer, por dificuldades na pesquisa, é a omissão de alguns parentes,
principalmente irmãos. Quando se
pesquisa uma árvore em sentido ascendente, encontram-se os pais, avós, bisavós,
etc, mas é difícil encontrar irmãos e até filhos, que só pelo conhecimento,
por documentos ou relatos familiares, poderão ser referenciados.
No início do
livro, é apresentada a Árvore Genealógica da Família desde o primeiro
ancestral de que tenho conhecimento até aos nossos dias, num total de 11 gerações
do ramo Correia e 6 do ramo Miranda.
A meu ver, a família
Correia (Pinto) deve ser dividida nas seguintes épocas: 1ª - Os
ancestrais Correa / Correia; 2ª - A união
de Joaquim Correia com Dona Claudina Delfina de Jesus com a interligação ao
ramo nobre dos Leões, Pintos, Carvalhos e Pereiras; 3ª - A era de
José Correia Pinto (Leão de Carvalho); 4ª - As gerações
seguintes até à época actual, subdivididas em 2 ramos: -
Correia / Correia Pinto -
Miranda.
Na Capa da obra,
a Árvore que simboliza a génese e o apego à sua terra de origem, pretende
ainda ilustrar, na sua singeleza, o valor perene da Família Correia (Pinto) que,
apesar de nascer pobre, soube impor-se até aos nossos dias pelas suas
qualidades de trabalho, honestidade e força intrínseca, no debelar das
contrariedades e vicissitudes que os seus membros também enfrentaram.
Se outra
compensação e recompensa não tivesse pela obra apresentada, ficou-me pelo
menos a imensa alegria de ter contactado com os muitos primos e primas, com
alguns dos quais não falava há muitos anos. Tomei ainda
conhecimento de outros que desconhecia existirem e, muito menos, pertencerem à
família.
Porque,
o que se ganha por elaborar uma história familiar, não é só descobrir de
onde viemos, mas essencialmente descobrir quem somos, eis uma outra razão, quiçá
a principal, para o aparecimento
desta obra.
O autor Fernando António da Silva Correia
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